quarta-feira, 11 de Março de 2009 | 18:50
PE favorável ao princípio «poluidor-pagador» para camionistas
O Parlamento Europeu (PE) pronunciou-se hoje a favor da aplicação do princípio do “poluidor-pagador” aos transportes rodoviários, numa primeira apreciação ao projecto de lei sobre pagamento da poluição pelos camionistas, prosseguindo agora a discussão ao nível dos 27.
Os eurodeputados votaram hoje, em primeira leitura, a proposta de revisão da directiva (“lei comunitária”) conhecida como “eurovinheta”, que prevê que os camionistas paguem pela poluição e congestionamentos que provocam, aprovando, com 359 votos a favor e 256 contra, um relatório da comissão parlamentar dos transportes, que introduz algumas alterações à proposta avançada pela Comissão Europeia.
Num dos pontos mais polémicos, a introdução de um sistema de portagens para compensar os danos provocados no ambiente pelos veículos pesados, esta não teria um carácter vinculativo, cabendo aos Estados-membros decidir a sua aplicação ou não.
O parecer de hoje do hemiciclo do Estrasburgo constitui, no entanto apenas mais um passo do processo negocial, que prosseguirá ao nível dos Estados-membros, actualmente divididos.
Esse desacordo entre os 27 ficou evidenciado em Dezembro passado, numa reunião de ministros dos Transportes, na qual vários países, entre os quais Portugal, manifestaram sérias reservas, levando ao prolongamento das negociações em torno deste projecto, já rejeitado há dois anos.
Em Julho do ano passado, a Comissão Europeia apresentou uma proposta de revisão da directiva relativa à aplicação de imposições aos veículos pesados de mercadorias pela utilização de certas infra-estruturas, a chamada “Eurovinheta”, sugerindo que os Estados-membros calculem e variem as portagens em função da poluição sonora e do ar e níveis de congestionamento causados pelos pesados.
A secretária de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino, já afirmou recentemente que Portugal discorda da introdução da directiva, apontando precisamente os custos acrescidos que a mesma representaria para países periféricos como o nosso.
“Entendemos que, ainda que sejam válidas as razões e as preocupações de natureza ambiental que estão associadas a essa medida, nós temos uma condição que é a nossa periferia, que faz com que, de facto, tenhamos custos acrescidos”, disse.
Diário Digital / Lusa
Fonte: http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=57&id_news=377415
quinta-feira, 12 de março de 2009
quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009
Clima: Florestas africanas absorvem cada vez mais CO2
As florestas do continente africano absorvem cada vez mais dióxido de carbono (CO2), à semelhança do que acontece na Amazónia, revelou quarta-feira um estudo internacional que será publicado hoje na revista britânica Nature.
Uma investigação levada a cabo por 79 laboratórios dos Estados Unidos, Europa, África e Ásia demonstrou que, no período entre 1969 e 2007, a absorção de dióxido de carbono pelas árvores da floresta africana aumentou, à semelhança do que foi registado na floresta amazónica (0,63 toneladas por hectare por ano).
«As florestas tropicais africanas desempenham um papel importante na captação de CO2, ajudando a reduzir assim a taxa de crescimento dos níveis de dióxido de carbono na atmosfera», explicaram os autores do estudo, sublinhando a necessidade de proteger as florestas no continente africano.
No entender de Helene Muller-Landau, uma especialista do Instituto de Investigação Tropical Smithonian, no Panamá, a crescente absorção de CO2 por parte das florestas africanas pode ter duas explicações. «As árvores ou sofreram grandes danos no passado e actualmente estão em fase de repouso, ou então, estão a ser perturbadas pelas mudanças climáticas e atmosféricas de tal maneira que se encontram em transição», considerou a especialista. Por sua vez, outro estudo levado a cabo por cientistas da Universidade britânica de Leeds, adiantou que as árvores das florestas virgens estão a crescer e a capturar cada vez mais dióxido de carbono na atmosfera, o que contribui para atenuar os efeitos das alterações climáticas. «Estamos a receber um subsídio gratuito da natureza», afirmou Simon Lewis, principal autor do estudo, num artigo publicado na última edição da revista Nature.
Pela primeira vez, os cientistas conseguiram calcular a quantidade de C02 absorvido pelas florestas tropicais virgens, que ascende a 4.800 milhões de toneladas anuais, um valor que equivale a uma quinta parte das emissões causadas pela queima de combustíveis fósseis.
No entender de Helene Muller-Landau, uma especialista do Instituto de Investigação Tropical Smithonian, no Panamá, a crescente absorção de CO2 por parte das florestas africanas pode ter duas explicações. «As árvores ou sofreram grandes danos no passado e actualmente estão em fase de repouso, ou então, estão a ser perturbadas pelas mudanças climáticas e atmosféricas de tal maneira que se encontram em transição», considerou a especialista. Por sua vez, outro estudo levado a cabo por cientistas da Universidade britânica de Leeds, adiantou que as árvores das florestas virgens estão a crescer e a capturar cada vez mais dióxido de carbono na atmosfera, o que contribui para atenuar os efeitos das alterações climáticas. «Estamos a receber um subsídio gratuito da natureza», afirmou Simon Lewis, principal autor do estudo, num artigo publicado na última edição da revista Nature.
Pela primeira vez, os cientistas conseguiram calcular a quantidade de C02 absorvido pelas florestas tropicais virgens, que ascende a 4.800 milhões de toneladas anuais, um valor que equivale a uma quinta parte das emissões causadas pela queima de combustíveis fósseis.
Fonte: http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=114&id_news=374034&page=2
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